terça-feira, 7 de agosto de 2007

Novo Côdigo de Ética dos jornalistas é secreto ?

No último fim de semana em Vitoria (Espírito Santo) jornalistas de todo o país em Congresso Nacional Extraordinário, teriam atualizado o Côdigo de Ética da profissão em vigor. E se digo teriam é porque ainda não vi e ao que parece não está disponível em nenhum meio de comunicação (? ) o texto do novo côdigo, revisado e atualizado. O referido Congresso ocorreu para cumprir justamente o art 27 do próprio côdigo, sancionado no Rio de Janeiro, em setembro de 1985: “qualquer modificação neste côdigo somente poderá ser feita em Congresso Nacional de Jornalistas, mediante proposição subscrita no mínimo por dez delegações representantes do Sindicato dos Jornalistas”. Em Vitória a subscrição teve o endosso de 23 sindicatos, legitimidade portanto quanto à convocação. No conclave foi dito que as sugestões apresentadas para atualização do côdigo eram o resultado de três anos de consultas públicas. Ora, que consultas públicas? Consultas restritas apenas ao meio sindical? Todos os jornalistas em atividade foram de fato informados, estimulados, motivados a se manifestar? E os jornais, a grande mídia, refletiram esse debate ? Tudo indica que não. Mas o que me preocupa é o informe oficial de que o novo Côdigo de Ética “será disponiblizado pela Fenaj a todos os sindicatos para que o divulguem entre a categoria”. Ou seja, do mesmo jeito que a consulta pública foi privada a divulgação da nova carta também será restrita. Será que a sociedade não tem o direito de conhecer a ética que norteia aqueles que se dizem os seus porta-vozes ?

Fonte: Blog Almanaque da Comunicação - www.almanaquedacomunicacao.com.br/blog

sábado, 21 de julho de 2007

A vida nada fácil do flamenguista

Já recebi cobranças! “- Ei Ana! Fui no blog e nada ainda. Vamos produzir!”, diz o recado escrito por um amigo no meu Orkut. Calma gente! A vida de mãe não é nada fácil. Mesmo assim, como nós mulheres somos versáteis, ou seja, fazemos várias coisas ao mesmo tempo, diferente do sexo oposto. Vamos lá.
Hoje eu vou falar de esportes. Em primeiro lugar quero parabenizar os atletas brasileiros, que estão dando um show no Pan-Americano 2007. Parabéns, principalmente, para o voltarredondense Thiago Pereira, maior medalista em pan-americanos. O cara está, como dizem os brothers “sinistro”.
Mas não é sobre isso o que eu quero tratar. Vou escrever sobre o Flamengo, time carioca, que há 100 anos, mais do que isso até, arrasta torcidas em todo país. Na última quinta-feira, dia 19 de julho, o time rubro-negro entrou em ação pelo campeonato brasileiro, o Brasileirão 2007. Meu marido, flamenguista mais que fanático, como sempre faz, reuniu a galera para assistir ao jogo, lá em casa.
Quero deixar claro que não sou flamenguista, nesta altura do campeonato nem torcer para time algum eu torço. Isso que dá casar com Flamenguista, ou você torce para o mesmo time que ele, ou nada feito. Se é assim, sou apenas uma torcedora brasileira.
Voltando à quinta-feira. Primeiro chegou o Thiaguinho, também conhecido com “Titica”. Gente boa! Logo em seguida chegaram Fabinho e Bonfatti, depois o Gambá, o Zé Antonin e o Giulliano. Calma aí! Faltou um outro fanático pelo Flamengo, o chara do meu marido Leonardo, também conhecido como Ratão. Mas a falta dele foi relevada, pois sua namorada e minha amiga Raquel estava dodói. O time estava quase formado, digo quase porque não tinham 11 jogadores, ué. Mesmo assim, com o falatório que eles arrumaram, dava para montar um time com técnico e tudo.
A alegria e confiança estavam a toda para o início da partida. Afinal, o Obina – jogador do Mengão entraria em campo, depois de seis meses fora dos campos. Cerveja pra cá, comentários pra lá, eis que chega a hora. Todos são só sorrisos e piadas, afinal, o Flamengo, que naquele dia enfrentaria o Paraná, em Uberlândia, no Parque Sabiá, não perderia jamais. Lá no Triangulo Mineiro, a torcida flamenguista chegava ao número de 30 mil pessoas. Quanto orgulho, hein????
O Flamengo entra em campo com seu time titular. PS: cabe aqui uma ressalva: time titular, isso porque quando o flamengo perde e está com o reserva, esta é a desculpa de todo flamenguista. “- Ah! Era o time reserva, não conta.”. Mas não, naquele dia eram mesmo os jogadores titulares do Mengão.
Logo de cara surge a primeira pérola da noite. “Ué, o Léo Moura não tá mais com o cabelo mosaico?, diz Thiaguinho”. Esperai aí! Pára tudo! Cabelo Mosaico? Ou seria cabelo moicano??? Ah! deixa pra lá, deve ser a cerveja, misturada com a emoção. Nessa hora vale tudo.
De longe, eu, Paulinha e Gabi conversamos e também tomamos nossa cervejinha. A euforia de frente à TV era enorme. Saí o primeiro gol do Flamengo, a torcida vai ao delírio. Os comentários são: “O Flamengo é foda mesmo”. “Haha, huhu.. o Sabiá é nosso”.
De repente, o silêncio! Que estranho? Mais tarde a resposta. Gol do Paraná e tudo fica quieto. “Ah, mas o Flamengo vai virar essa parada”, diz Zé Antonim, o mais otimista. Porém, não passa muito tempo, o adversário faz o segundo. Começa então os xingamentos. “Oh! Juiz seu ladrão, seu filho da p.....”.
Sim, porque todo torcedor fanático, quando seu time está perdendo, a culpa é da arbitragem e, mais especificadamente, do juiz, que está roubando para o time adversário. Mas não tem jeito, era o Flamengo que estava mal mesmo. Olho ao redor e vejo a cena: um roendo as unhas, o outro tapando os olhos, ao lado outro com a mão na boca e o da esquerda quase arrancando os cabelos.
Mas, espera aí: cadê o Obina? Ehhhh!!!!! Eis que surge o jogador mais esperado da partida. As esperanças se renovam e os olhares atentos à tela da TV até se tornam mais encorajadores. Porém, o Obina bem que tentou, mas o gol de empate não saiu. Nada passou de uma jogada mais audaciosa que saiu pela linha dos fundos. Que pena! E o pior que desta vez nem adianta falar que era o time reserva. Ah! Tudo bem, eles arranjam outra desculpa.
Vida de torcedor não é fácil mesmo. Torcedor do Flamengo é mais difícil ainda. O rubro negro está em 18º no brasileirão, com oito pontos, para ser mais precisa, na zona de rebaixamento. No domingo, dia 22, às 16 horas, ele enfrentará o Grêmio, no Estádio Olímpico. Aí meu amigo, seja o que Deus quiser. Ser torcedor é assim mesmo, amar o time ele ganhando ou não.

Bjkas para todos!

terça-feira, 17 de julho de 2007

PARABÉNS VOLTA REDONDA!

Muito mais que "Cidade do Aço"

Em seus 53 anos de história, VR pode se orgulhar não só de ser Cidade do Aço, mas também dos universitários, da saúde, da cultura ...
Matéria escrita por Ana Lúcia de Oliveira

São 53 anos de uma história que é patrimônio nacional, pois Volta Redonda foi o berço da siderurgia e do início da industrialização do Brasil. Hoje, o município pode se orgulhar não só de ter o codinome “Cidade do Aço”, muito mais que isso, atualmente, VR é também a cidade da educação, da cultura, da saúde, do comércio forte e de muitas outras qualidades que a fazem ser a locomotiva do Sul Fluminense.
Para a Associação Comercial Industrial e Agropastoril de Volta Redonda (ACIAP-VR), que tem sua história muitas vezes confundida com a da cidade, VR cresceu graças à criatividade e perseverança de seu povo.
- Nossa cidade cresceu e hoje é a maior e mais desenvolvida da região. Começamos com a construção da Usina Presidente Vargas e da Companhia Siderurgica Nacional, em 1941. Desde então, muita coisa mudou. Passamos pelo processo de privatização, que mudou muito o perfil de nossa cidade. Porém, depois de tantos solavancos, podemos dizer que evoluimos muito, por isso VR é o que é hoje”, disse Carlos Alberto dos Santos, presidente da ACIAP-VR.
E tudo mudou mesmo. A cidade operária, num determinado momento se viu obrigada a abrir seus horizontes e expandir sua área de atuação. E isso aconteceu. Hoje, Volta Redonda tem diversas qualidades que a faz ser a cidade que é, além – é claro – de sua boa logistica, localização, da CSN, que é uma ferramento exclusiva e que traz desenvolvimento e do comércio forte. “Estamos localizados numa região muito boa, melhor ainda, estamos no meio do eixo Rio – São Paulo. O Sul Fluminense é marcado pela industrialização. Aqui temos industrias de segmentos que vão desde o metal-mecânico, o automobilistico, ao setor textil. Isso é muito valorizador”, lembra o diretor Siderúrgico da ACIAP-VR, Dinaldo Santa Rosa de Oliveira.
E quanto a VR, o diretor de Comércio da entidade, Joselito Magalhãe vai além. “Temos universidades particulares e federais, que oferecem vários cursos e vagas. E isso atraiu e atraí até hoje muitos alunos e consequentemente aquece a economia. Outro lado desenvolvido em VR, o da medicina de diagnóstico. Hoje, em nossa cidade é possível tratar de qualquer doença, fazer qualquer exame, sem a necessidade de ir para as capitais. Tudo isso faz com que o comércio e o setor de serviços se fortaleçam. Masm isso são só algumas características de Volta Redonda, existem muitas outras”, destaca.
E por falar no setor de Serviços, para a diretora deste segmento da ACIAP-VR, Jussara Nogueira, este é um ramo da atividade econômica que merece um grande destaque. “Diante da privatização e das demissões, a população se viu obrigada a procurar outras formas de geração de renda. Partindo daí, cresceu o setor de Serviços, que hoje é um dos mais completos da região, com vários tipos de ofertas. Foi uma forma inteligente de modificar o contexto economico e social da cidade. Deu certo!”, destaca Jussara.
E ele tem razão. Uma outra característica de destaque em VR é a Cultura. O município é sede de vários concursos culturais, que a fazem ser referência. “Um exemplo deles é o Salão de Humor, que reúne varios talentos. Além dele, existem concursos de dança, entre outros eventos culturais. Além disso, VR tem talentos artisticos de renome”, disse Eleny Braga, diretora social da ACIAP-VR

segunda-feira, 16 de julho de 2007

E o que falar do PAN?

Que é maravilhoso e emocionante ter uma competição internacional do gabarito do Pan-Americano no Brasil, todo mundo sabe. Todos, que assistiram ao vivo ou pela TV a abertura dos jogos, diretamente do Maracanã, puderam sentir duas coisas: uma foi o orgulho da criatividade, originalidade e da alegria do brasileiro; e a outra foi o sentimento de “alma lavada”, diante da vaia ao Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Bem, por escrever este segundo sentimento, muitas pessoas podem achar que não foi bem isso, que na verdade, o que aconteceu foi uma profunda falta de educação do brasileiro, em especial do carioca, que foi o anfitrião da festa. Será? Pensando bem, não será porque o carioca é profundamente expressivo e encontrou a oportunidade de manifestar sua indignação e insatisfação diante tanta corrupção política, numa hora em que o Presidente do Brasil chegou à capital do Estado do Rio de Janeiro para ganhar os “ouros” pela bonita festa realizada?
E a insegurança que assola aquela cidade? Claro, isso é de responsabilidade do Estado. Da parte do governo federal resta apenas a oferta de mais policiamento e a “ajuda” da Força Nacional. Bela coisa. Na hora de colocar a cara para levar tiro, de subir morro e enfrentar o tráfico é a Polícia Militar do Rio de Janeiro, que digamos: faz o trabalho sujo. A Força Nacional dá cobertura e fica lá embaixo, só olhando. Mas... não é só isso. E os casos de corrupção, de mentira e roubalheira que vêm acontecendo e que está estampado para todo mundo ver? E o brasileiro? Onde fica nesta história toda?
Talvez fique só no ditado: “Sou brasileiro e não desisto nunca”. Por não desistirem nunca, os brasileiros encontraram naquela expressão sincera, mesmo que mal educada, a oportunidade de mostrar ao nosso governante que não estamos satisfeitos.
Mas, será que foi tão mal educado assim? Será que deveríamos juntar panelas, a exemplo dos nossos vizinhos argentinos, e bater na porta do Senado, dizendo: - Fora Renan! Ou seria melhor fazer manifestações agressivas, como aconteceu na França, no início do ano? Quem sabe, o melhor seria manifestar nossa indignação mandando uma bomba à Brasília, ou melhor ainda, um homem bomba ao Senado, durante uma sessão presidida por Renan Calheiros. Tudo isso a exemplo dos Palestinos, Xiitas e todos os países do Islan, que tratam suas desavenças, conforme ditou o profeta Maomé: olho por olho, dente por dente. Será que isso seria menos grosseiro do que uma vaia? Falta de educação. Será que o fato de Lula ter dito que não sabia de nada a respeito do “Mensalão” não foi uma falta de educação? Será que, as falcatruas e armações para roubar dinheiro público, para levar vantagens em licitações de serviços pagos com o dinheiro do povo não é uma falta de educação? Será, será, será? São tantos serás, tantos porquês? Que na verdade não sei se foi falta de educação, ou a mais sincera e transparente mostra da opinião do povo sobre tudo o que acontece no Brasil.

Etiqueta Urbana


Esta é para o Fantástico!

Educação é bom e todo mundo gosta. Não é assim que diz um velho chavão popular? Pois é, por falar em educação, um dos quadros do Fantástico da Rede Globo que eu mais gosto é o “Etiqueta Urbana”, em que Glorinha Kalil e Renata Ceribeli comentam as “gafes” que as pessoas, sejam elas públicas ou não, cometem por aí a fora.
Baseada neste programa, vou lhes contar um caso que aconteceu em minha casa no último final de semana. E que educadamente, “engoli”. Digo isso, porque qualquer outra pessoa teria “soltado os cachorros”.
Era 14 de julho, quando meu marido, com mais dois amigos resolveram fazer uma festa para comemorar seus respectivos aniversários, celebrados na mesma semana. A festança então, foi realizada em minha casa. Cada um fez sua lista de convidados, que foi quase a mesma, já que os aniversariantes têm a maioria dos amigos “mais chegados” em comum.
Até aí tudo bem. Eu até conheço grande parte dos amigos deles. Até que chegou à festa uma jovem, que eu nem sei o nome – e que, diga-se de passagem, nem fez questão de se apresentar – com um cachorro nos braços, ou melhor, uma cadela, que mais tarde fui saber que se chamava Sophie. Detalhe: a Sophie estava vestida com um casaco da GAP que até capus tinha. Sabe de que cor? Roxo.
Aliás, roxa fiquei eu: de raiva. Meu Deus! Como pode uma pessoa, em plena consciência e educação, levar um cachorro – seja ele qual for (Sophie ou não), na casa de gente que ela nem conhece? Digo que nem conhece porque ela não estava na lista de ninguém. Ou pelo menos, ninguém teve a coragem de dizer que conhecia a mal educada.
Quero aqui deixar BEM claro, que não tenho nada contra a cadelinha. Tadinha! Ela é a menos errada na história, aliás, nem latir ela latiu na minha casa. Então, amantes e protetores dos animais: muita calma nesta hora. O que eu quero ressaltar é a falta de educação da jovem, em trazer para a casa de alguém que ela não conhece um animal, sem antes saber se o dono (a) da casa aprovaria a estada do bicho em sua residência.
Eu tenho uma bebezinha de seis meses em casa, que ainda não é acostumada com animais. E se ela fosse alérgica a pelo de cachorro? E se for? Porque ela é tão pequena que eu nem sei ainda a que, ou a quem, ela tem alergia. E se eu tivesse alergia?
Gente! Pasmem! Ela deu água para o bichinho na torneira da pia da minha cozinha. Olha que BAITA falta de educação. Cozinha é um lugar em que as pessoas preparam seus alimentos, suas refeições. Será que ela sabe disso? Só faltou ela ir ao banheiro com a cadelinha.
Aposto que a Glorinha Kalil teria a mesma opinião que a minha: animal de estimação é lindo, mas, não se deve levá-lo a uma festa, nem de quem se conhece, MUITO MENOS, de quem não se conhece. A jovem correu ainda o risco de ser expulsa da festa. Aliás, educadamente eu resisti a essa tentação. O que fiz? Privei minha filha e a tirei do ambiente. Depois disso tudo, a jovem com sua Sophie, foi embora, passou por mim, não olhou na minha cara, e foi embora abanando o rabinho. É muito desaforo, né?
Bjkas!!!!!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Esperança

Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos

Mário Quintana


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Estes versos são publicados nesta data, 30 de julho de 2006, como uma homenagem ao poeta Mario Quintana, que estaria completando 100 anos de idade, se vivo fosse.
Extraído do livro "Quintana de bolso", Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59, seleção de Sergio Faraco.