terça-feira, 7 de agosto de 2007

E você, é sindicalizado?

Acredito que, aqueles que leram a matéria publicada hoje – dia 7 de agosto de 2007 – no Jornal Diário do Vale, tenham ficado indignados com a notícia da ida do “presidente do Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense”, JC Moreira ao congresso em Vitória (ES), a convite do presidente da Federação nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo. Bem, tirando a “extrema importância” de uma informação dessa, que com certeza, vai mudar a vida de todos os jornalistas da região, levanto outra questão, infinitamente mais séria do que a vida social de “nosso presidente”: que tipo de entidade sindical é esta que temos?
Quem não ficou indignado e não levantou uma série de questões sobre este sindicato, me desculpe – realmente – você meu amigo (e minha amiga) tem que começar a se inteirar da situação. Em uma época em que a corrupção está estampada na cara de todo brasileiro, que a safadeza está totalmente despida, para qualquer um ver, levanto as perguntas para todos pensarem e se conseguirem responderem, por favor. Alguém já se perguntou que espécie de sindicato é este? Já parou para analisar que tipo de pessoa é aquela que está à frente do que intitulam como Sindicato dos Jornalistas do Sul Fluminense? Alguém votou na atual diretoria? Ou melhor... Alguém sabe quem são os diretores deste sindicato e se todos são verdadeiramente jornalistas, com registro profissional e tudo mais, conforme manda o figurino? E ainda... Alguém sabe onde é a sede do Sindicato? Alguém já viu algum edital ou pôde, ao menos, expressar sua vontade de conhecer a entidade e seu trabalho, de participar da diretoria ou de concorrer, montando uma nova chapa em um novo pleito? Já pararam para pensar para que serve um Sindicato de Jornalistas e qual deve ser o papel dele mediante a categoria? Alguém já pensou em se sindicalizar no “Sindicato do JC Moreira”?
A última questão é crucial. Hoje, a maioria dos jornalistas da região não quer nem pensar no sindicato, não quer nem saber e nem ao menos sonhar com ele. Até aí tudo bem. É o direito de cada um. O que não podemos fazer é deixar que o JC Moreira brinque com nossa cara e o pior, tire proveito do nosso título de jornalistas. Enquanto a categoria não quer nem saber, ele faz o que quer. Na verdade ele defende mais os Jornais do que os jornalistas. Disso, tenho certeza de que ninguém vai descordar. Ele aproveita da vida sofrida dos jornalistas em assessorias de imprensa e em redações de jornais, em que são pagos baixos salários e impostas altas cargas de trabalho, para que, com o Sindicato DELE, possa ter regalias. E o pior, muitos de nós já tiveram e têm a contribuição sindical descontada em seus contra-cheques, sem ao menos serem sindicalizados. Eu fui uma dessas pessoas, pena que não posso, neste momento, provar.
Acredito que esta vida sofrida impeça a grande maioria de pensar e agir por um Sindicato mais justo e que realmente lute pela categoria. Eu, por exemplo, não tenho perfil para isso, mas me cansei, pois em oito anos de profissão – ainda quando era apenas uma estagiária – ouvia e ouço as pessoas reclamarem, zombarem e desdenharem do Sindicato, sem nunca fazerem nada. Deixo claro aqui que não quero fazer parte de sindicato algum, nem tenho perfil para isso, quero sim ter uma entidade que me represente, enquanto Jornalista. Quero ter um presidente em que eu possa confiar, que gerencie uma entidade transparente e que lute por nós profissionais que damos o sangue para que o Sul Fluminense tenha acesso a informações de qualidade e, mais do que isso, sobrevivemos num mercado cruel, em que até mesmo aqueles que deveriam ser por nós são contra nós.

Vamos pensar e agir!

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